Claro que temos de seguir os nossos ideais!
Claro que devemos fazer sempre o que está certo!
Claro que queremos ser felizes!
Mas será que ser feliz sem seguir ideais é certo? Ou será que há ideais que por não estarem certos nao nos trazem felicidade?!
Nunca sei o que é mais certo. Dizem que devemos escolher com a cabeça e com o coração, arranjar entre estes dois grandes sensores um equilibrio que nos faça sentir que sim, estamos certos, e desta forma seremos felizes!
Mas a questão é: e se a cabeça não tem coração, e o coração anda de cabeça perdida?
Pois é, um dilema que não tem fim, a cabeça manda para sul, mas o coração recua...
O coração indica-nos o este, mas a cabeça desorienta-se...e perde o norte!
Nao queria perder o norte...até porque é o meu porto de abrigo...é la que mora o meu coração.
Mas a cabeça é a razão, aquela dorzinha que atormenta, que geme baixinho e que nao deixa o coração respirar. A cabeça é justa, coerente, fria, perspicaz, mas por isso é maléfica, porque esmaga a emoção, não deixa o coração falar e corrompe-o com esquemas teóricos que o desoreentam e o deixa sem folego.
Claro que o coração é sonhador, tanto bate forte, como bate desenfreado, até latejar na cabeça!
E é ai, que a cabeça esquece a razão e sonha, vibra, dança, com malabarismos de cor, e é ai que o coração faz o milagre da re-animação,e deixa-nos com este sorriso estupido de quem ama, este olhar perdido de paixão, este nervoso miudinho de quem deseja ardentemente.
Não escolho a cabeça, de que adianta ouvir a razão se me chora o coração?!