segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Nas nossas mãos!
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Jeito de escrever!
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
"Floquinhos de neve"
Eram três, seguidos, em fila indiana!
Juntinhos a reluzirem, os três.
Como é que é possível, logo três de uma só vez.
Contra a natureza não há nada a fazer, nada, nem o mais supremo dos tribunais.
Não há decreto que a condene, que a demova das suas investidas.
Bem ali, onde os fios de cabelo teimam em separar-se, como que a criar um leito, ou vale perdido, um rio seco onde raízes crescem e deixam nada mais que marcas secas do tempo.
Surgiram os três bem junto à nascente, como alimentando-se todos os dias para se eternizarem.
E eles lá, os três em uníssono como que a iluminar esse caminho incerto, que me cobre esta caixa de Pandora.
E hoje constato que mesmo tendo arrancado pela raiz este mal de Pandora, eles voltaram e ligaram-se de novo à terra que os alimenta, brotando ainda mais fortes!
Malditos cabelos com cor que me recuso a distinguir e que tendem a multiplicar-se, tal como floquinhos de neve!
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Viajar na música
Vou contar-vos a magia
Não há nenhum truque
A magia é aquele sorriso que de mudo se converteu em prosa
A magia é ouvir aquela música que por mais distante nunca se esqueceu
Aquela música que ouvimos repetida, mas quando toca, ah, abre a alma!
E agora só magia, a musica, e tudo pára, pára a vida, pára a morte, e só ela a musica
Não há dor que para sempre se apague nem felicidade que alguma vez se esqueça
É mágico, é só deixa-la tocar, e tudo volta, volta a cor, volta a dor, até volta o tempo que jamais volta…
Não há truque, há magia, é só encostar o ombro, respirar cada nota, e voltamos,
Voltamos para aquele lugar que já não existe, ou onde nunca estivemos
E cada som, cada batida, cada embalar é magia, é a certeza que aquele sorriso é o mesmo
A magia de saber que a guerra acaba quando se ouve aquela musica, a certeza de apagarmos a dor, a verdade com que a respiramos, à musica.
A constatação que mudamos, e a magia que fazemos por agora sorrirmos e pararmos o tempo
E agora que ela toca, brilham os seus olhos, sorri o seu corpo, rejuvenesce a sua alma, porque voltou, para aquele lugar onde nunca esteve.