segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pulp -- Common People

Sometimes: "I want to live like common people I want to do whatever common people do I want to sleep with common people I want to sleep with common people like you."

terça-feira, 20 de abril de 2010

xiuuu..nao acordem os sonhos

Olho para o papel, branco…virgem Olho para as pessoas que passam coloridas, cinzentas, sujas, cálidas, puras… Há rostos que ficam, imagens que gravo, mas as palavras não me saem dos dedos Corre-se sem parar nesta vida que não dá tréguas Leva-se o que não se pede, suga-se o que há de bom, respira-se pouco, polui-se demais Aqueles que me olham e não entendem o que observo, perdem-se, vão-se Atropelos de vozes, retalhos de momentos, peças que encaixam sem sentido Há tanta gente que não sabe o que diz, sequer o que faz…constroem teias onde se enredam Gentes que ecoam vozes num labirinto mudo, disparam gestos em muralhas ocas… Vejo o velho atropelado na correria dos passeios, a mulher que fria pede um café quente, e um chega prá lá de quem passa sem tempo Vejo rugas do tempo, vejo o vento que leva o tempo, vejo que não há tempo. Na visão mais realista vejo o que não quero, mas vejo, e sonho que virá o que espero. Já não há tempo para sonhar, os que sonham perdem tempo. Os que não sonham acreditam, que vivem sonhos. Da distancia ficam saudades, do tempo que não volta Das memórias soltam-se risos, sorrisos e lágrimas com sabor a pó..a nada Não há nada aqui, neste lugar tão cheio…não há cor, alma, cheiro As vidas vivem vazias, num camuflado de histórias sem estória Já não há fantasias, loucuras, visões romanceadas que apimentam os dias Mataram os príncipes nos cavalos brancos Destruíram todos os castelos na areia Valerá a pena continuar a sonhar?